"Fazem os homens ludíbrio da mudança de vontade,
Por isso muitas vezes somos firmes só por evitar o desprezo,
Vindo a parecer persistência na vocação, O que só é constância na vaidade.
Vivemos temerosos,
De que as nossas ações se reputam como efeitos da nossa variedade:
Queremos mudar,
Mas tememos a parecer vários;
E assim a constância na virtude não a devemos à vontade,
Mas ao receio;
Não a conservamos por gosto,
Mas por vaidade:
E esta assim como nos faz confiantes na virtude,
Também outras vezes nos faz confiantes na culpa. "
